quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A covardia contra o Bolsa Família

Desculpem pela longa ausência. É que essa jornada solitária de blogueiro é exaustiva. Os leitores, que são a motivação de tudo isso, nem dão sinal de vida.

Volto porque descobri gente que lê e que sente falta dos meus posts.


"Por Sanzio

A Folha mentiu em seu editorial de ontem. Pega na mentira, rebate a carta do Ministério do Desenvolvimento Social com o surrado artifício de destacar o secundário para esconder o principal.

Abaixo a carta e a resposta do jornal:

Bolsa Família

“Ao contrário do que afirma o editorial “Bolsa Gás” (Opinião, ontem), o Bolsa Família tem ampliado, a cada levantamento, o acompanhamento das contrapartidas (educação e saúde) exigidas.

Na educação, nos últimos dois anos, o índice de crianças monitoradas pelo sistema de frequência escolar passou de 69,8% para 85,2%. Na saúde, subiu de 41,8% para 63,1%.

Pesquisas constatam ainda que as crianças e os adolescentes atendidos pelo programa de transferência de renda permanecem por mais tempo na escola.”

JOÃO LUIZ MENDES , assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Brasília, DF)

Nota da Redação – O governo parece gabar-se de sua própria incúria: cinco anos depois de instituído, o Bolsa Família, oficialmente, ainda deixa de monitorar 15% das crianças na educação e 37% dos beneficiários na saúde.

Comentário

A falta de informação do Otavinho só se rivaliza com esse amadorismo de se deixar levar por idiossincrasias na definição da linha do jornal, trocando análise e jornalismo por birra.

O Bolsa Família tem 19 milhões de famílias cadastradas das quais 12,4 milhões são beneficiárias do programa. Supondo-se (por baixo) duas crianças por família, seriam 24,8 milhões. Logo o acompanhamento de educação é feito sobre 21 milhões de crianças, um desafio que nenhum país do mundo, até hoje, ousou enfrentar. Todas as famílias estão cadastradas, com cartão único, podendo ser localizadas pelo site do Ministério.

Essa história de julgar o programa pelos 15% que ainda não são monitorados, revela apenas má fé. E o fato de se basear exclusivamente nos números da resposta do Ministério do Desenvolvimento, preguiça ou incapacidade mínima de levantar números adicionais para uma análise autônoma.

Quer exercer esse poder de príncipe – de fuzilar de acordo com sua vontade -, dirija seu canhão para o Ministro dos Transportes, das Minas e Energia, para o DNIT, para o Ministério das Comunicações.

Mirar o Bolsa Família invocando avaliações falhas e preguiçosas é covardia."


- Luiz Nassif, [aqui]

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